domingo, 27 de janeiro de 2008

Além do que se vê

Há muito tempo, me apropriei da teoria de um amigo que diz que todo mundo tem um talento oculto. Trata-se de alguma coisa que a pessoa faz melhor que qualquer outra pessoa no mundo.
Não serve qualquer um. O talento oculto do Schumacher não é dirigir e o do Diogo Mainardi não é falar besteira, afinal o talento é oculto, e não escancarado.
Também não serve algo que sirva pra alguma coisa. O talento oculto é necessariamente inútil. Tenho um amigo cujo talento oculto é assistir a dois ou mais jogos de futebol na televisão e ir trocando de canal sem nunca perder um gol. Outro arremessa bolinhas de papel nos outros como ninguém.
É tipo o Bradesco que se gaba de ter a maior árvore de natal flutuante do mundo. Como se o mundo inteiro estivesse preocupado em fazer árvores de Natal gigantes.
E o meu talento oculto é... bem, eu aperto a alça do soutien de outrem em lugares públicos, sem que ninguém perceba, de maneira impecável. Será que eu posso trocar?
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Os blocos do Rio estão deixando a desejar no quesito animação. Ah, e essa história de uma música só tinha que parar. Ninguém merece ficar pulando duas horas ao som da MESMA melodia.