domingo, 23 de março de 2008

anuir e coçar

Domingo de feriado é sempre pior que Domingo normal. Principalmente quando o feriado já começa com cara de domingo - péssimo sinal.

A verdade é que a PUC de manhã desanima. Não me conformo com o prognóstico de passar mais um ano da minha vida frequentando o espaço com o microclima mais propenso a chuvas do Universo. Ter que acordar de manhã e pensar que eu nem sei exatamente se não era pra ter feito engenharia ou ciências sociais em vez de jornalismo.

Na PUC, especialmente na comunicação, todo mundo é filho de. Filho de Fulano, Beltrano e todas as variações. Todo mundo se conhece, já estudou junto, já se pegou, já falou mal do outro que está conversando efusivamente. É complicado saber quem cumprimentar. O pior é estar no corredor deserto e ver alguém levemente conhecido se aproximar, vindo na outra direção. Você não sabe se dá oi, se finge que não você conhece. Aí o jeito é apelar para a solução mais medíocre de todas: você anui. Anuir fica entre a saudação e o nada. É dar a entender que você sabe quem o outro é, mas não tem nada construtivo a dizer, então recorre ao tão familiar movimentozinho da cabeça.

Sábios são aqueles que recorrem a soluções criativas, tipo usar óculos escuros dentro do prédio, ou aqueles que simplesmente evitam o corredor em horários menos movimentados. Mas eu também posso ser só uma anti-social que passou uma páscoa sem chocolate e perde tempo com esse pequeno dilema burguês que não acrescenta nada à vida de ninguém.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Diário de uma campanha impossível

Um dia eu cheguei na médica e ela disse que desse jeito não dá, que você tem que fazer dieta, parar de fumar e fazer exercícios regularmente. Acho que meu erro foi exatamente nessa hora: eu não deveria ter concordado. Porque depois desse momento a gente virou cúmplice, então quando eu cheguei lá um mês depois tendo emagrecido míseros 400g, ela se achou no direito de me pressionar. Saí de lá me sentindo super culpada, como se eu tivesse decepcionado enormemente alguém da minha confiança, mas não, ela até ganha mais dinheiro com a minha demora.

O resultado disso tudo é que eu abdiquei da vida social, sou uma pessoa que acorda às 6h, vai pra aula às 7h, pro trabalho às 14h e vai DIRETO PRA ACADEMIA. Sério, eu nunca entendi essas pessoas, e agora eu virei uma delas. Agora minha vida se resume a saladinhas com peixinho, salada de frutas é luxo, cortaram minha cerveja e eu corro na esteira ouvindo música de night. Isso sem falar nos gritos de motivação do professor, que fica no bem bom assistindo ao suor alheio.

Até aí, ok, a equação funciona assim: você abdica da vida social por um tempo pra ter mais qualidade no tempo seguinte e por aí vai. O problema é ir ao McDonald´s com seus colegas de trabalho e ficar visualizando as cenas do Super Size Me e as substâncias químicas do mal infectando o seu corpo, antes tão saudável e limpinho. OK. Estou surtando.

O pior é ver essas velhinhas de 100 anos que beberam e fumaram a vida inteira e estão tranquilonas, enquanto a maioria dos esportistas tá aí enfartando aos 70. É pra ficar desmotivada ou não é?

terça-feira, 18 de março de 2008

pra você.

Essa é pra quem está sempre bem vestida.

É pra quem fuma cigarro de homem com as unhas minuciosamente bem acabadas.

Pra quem sai do Leblon e vai até a Barra só pra me fazer companhia.

É pra quem liga pra saber como as amigas estão.

É pra quem sabe a dor e a delícia dos cabelos caheados.

É pra quem sabe o que é tomar uma Marguerita Frozen em 2m32s e ficar com dor de cabeça depois.

É pra quem faz Direito, mas só anda com gente de Comunicação.

É pra quem se dá bem com a minha família, da irmã mais nova à avó de 90 anos.

É pra quem compartilha o gosto pela literatura e pela música beeem eclética.

É pra quem gosta do melhor amigo.

É pra quem tem uma manicure surda e muda, que é pra não ter que falar demais.

É pra quem insiste em tentar desviar dos obstáculos.

É pra quem fala, com a maior sinceridade do mundo, que essa roupa não combina com você.

Parabéns.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Mais Brincos de Estrela





Tá, eu sei que é tarde pra avisar, mas vai ter outra exibição do Brincos de Estrela hoje, outra vez no Cinerama, cineclube organizado pela galera da UFRJ, que aconte às quintas no Cine Lapa.

O Cine Lapa fica na Mem de Sá, entre o Asa Branca e a Pizzaria Guanabara. A entrada é R$ 5 até as 22h.

Pra quem nem sabe o que é Brincos de Estrela, é o curta da Marcela Bertoletti, que eu produzi.

Segue a ficha técnica:

Curta-metragem - Brincos de Estrela
Com:
Luanne Araujo
Ana Claudia Castro

Direção:
Marcela Bertoletti

Produção:
Barbara Adams e Eduardo Mendes

Direção de Fotografia:
Mario Cascardo

Direção de Arte:
Manuela Curtiss e Thais Farage

Som:
Eduarda Paz e Priscila Ihara

Edição:
Daniel Madureira, Giuliano Jorge, Ricardo Braúna

Quem chegar até às 22 horas paga 5 reais para entrar. Depois da exibição dos filmes tem DJ nas duas pistas.

Fica aí o trailer pra vocês:


quinta-feira, 6 de março de 2008

o cookie do infortúnio

Sério. Eu estava em casa, quietinha, tentando me concentrar. Hoje estou trabalhando de casa porque... meus óculos ficaram prontos. E isso é motivo de estourar champagne! Estava sem usar óculos há pelo menos um ano, quando meu óculos feitos em 2003 (!!!) sumiram. Basicamente, fiquei cega e só hoje vejo.

Mas não era sobre isso que eu ia falar. O que eu ia dizer é que o orkut está perdendo a linha. Minha sorte do dia é:

"Hoje você vai ver um cookie de sorte que nunca viu antes."

Sério. Diferente dos horóscopos de jornal, sempre me diverti com a sorte do orkut. Não que eu me guiasse por aquilo, mas sempre consegiu me divertir. mas cookie da sorte? quem disse que eu vou comer chinês hoje?!? E se eu quisesse fazer jejum? Ou comer um prato de massa? Droga, o orkut ganhou. Vou ter que pedir chinês.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Sobre brincos de estrela e diz foca

Casa cheia, amigos atrasados e muito, muito nervosismo. Foi assim que começou a noite de quinta-feira, quando eu assisti ao Brincos de Estrela, curta da Marcela Bertoletti que eu mesma produzi, junto com todas as outras pessoas aleatórias que apareceram por lá. Sei que foi lindo. Você entra em um certo estado de torpor quando assiste ao seu filminho - que você viu sendo feito, cena a cena - montado. É a magia do cinema, e viva Meliès! Ainda tem a sensação estranhíssima de ver seu próprio nome no crédito. Parece que, a partir do momento em que o filme está sendo projetado, você já não é mais parte dele. Aquilo passa a ser do público, da tela, sei lá de quem.

Pena que eu não lembro, porque o resto da festa deve ter sido muito legal. Presença em massa de pessoas do além-ponte, tequilas, get over it, mal entendidos, Rolling Stones... Pena que eu não lembro.

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Às vezes eu me sinto meio sozinha na blogosfera, com esse espaço meio à deriva. Por isso é bom encontrar amigos por aqui. Chicão e Bruno Macchiute, ex-colegas de jornal (o glorioso Diz Foca teve... uma edição!), lançam seus desvarios por . Aprovado.