quinta-feira, 24 de abril de 2008

meu não-post de hoje

Hoje eu não vou falar sobre a menina Isabella Nardoni, não vou dar opinião sobre Obama ou Hillary e muito menos vou comentar a história do padre que voou de balões de festa. Também não vou dizer que agora o Rio tem terremoto e ressaca na Baía da Guanabara e que é bom estarmos todos preparados para uma Tsunami em Copacabana. Não vou contar como foi meu feriado, nem meus planos para o próximo, nem vou dividir meus dilemas profissionais. Porque hoje o que eu quero é viver.

Como diz o amigo M. : Não sei se quero ver minha vida passar pela janela do explorer.

terça-feira, 15 de abril de 2008

diz que fui por aí

fui engolida pelas horas em frente aos livros sobre o oriente médio ou à beira do leito de vovó. aprendi quem foi conde bernardotte e também a dar comida na boca de um paciente aficcionado por caqui. quando tenho folga dessas funcoes, posso ser encontrada pendurada de cabeca pra baixo em panos coloridos ou, ninguém é perfeito, trabalhando.

minha diversão atual: no meio do meu livro que utiliza expressões como invectivado e diatribes na mesma página, encontrar frases como: "falar sobre imperialismo no alvorecer do séc XXI parece bizarro. o conceito saiu de moda e seu desuso só pode ser comparado à unânime negativa, vigente entre os estilistas modernos, de restaurar as polainas como componente importante do vestuário." 

terça-feira, 8 de abril de 2008

rapidinhas sobre maratona, hospital e corrida

em tempos de montanha russa emocional, não aguentei ver os três filmes programados na maratona. vi My Blueberry Nights e gostei bastante, ao contrário de alguns amigos cinéfilos presentes à sessão. a cinefilia tem disso: às vezes parece que não se pode simplesmente gostar de um filme, tem que refletir, apontar erros e acertos, filosofar sobre planos e cores. eu simplesmente gostei e não se fala mais nisso.

no domingo, tive a grande idéia de fazer uma prova de corrida (revezamento 10 x 4km) e me impressionei com a quantidade de pessoas que se dispõe a chegar às sete da manhã ao aterro do flamengo para correr. quem vive a vida na boemia nem imagina que essas pessoas existam. no máximo cruza com elas na volta pra casa.

hospital é muito estranho. cada hora dizem uma coisa, no final nem sei mais o que pensar. sei que tão cedo a oma não sai de lá e fico pensando que deve ser insuportável ficar presa 36 dias sem sair do quarto.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

...

As coisas já andavam meio vagarosas neste último mês, mas tentei pôr a culpa nas coisas mais variadas. Agora que eu descobri o que é, não tem jeito: é ele quem não me deixa dormir, foi ele quem me fez chorar de raiva ontem, foi ele que não me deixou curtir o samba, mesmo muito bem acompanhada. É ele quem me faz querer colo da minha avó, ficar arrepiada de pensar que eu não sei quando ela vai sair do hospital. Foi ele que me fez querer jogar uma bomba na sede da Nextel e da Claro, que não me deixa ficar animada com a prova de corrida domingo. Pra falar a verdade, ele me fez não ficar ansiosa com a Maratona Odeon hoje, mesmo com o novo filme do Wong Kar-Wai. Decididamente, é o cansaço.