segunda-feira, 3 de novembro de 2008

acontece que tem horas que não dá mais pra controlar tudo. que a atenção vai para onde ela bem entende e tudo o que dá pra fazer é respirar fundo e tentar se manter ali atrás de si mesma.

nem sempre o tom blasé resolve, nem sempre falar que não liga funciona e nem sempre a yoga recupera o foco.

quem sabe às vezes o bacana seja mesmo jogar pro alto e se jogar, mesmo com o risco sempre iminente da queda de um lugar assustadora- e estrogonoficamente alto.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Acho que quando tudo é mais intenso fica impossível se manifestar aqui.

É sempre complicado começar pela primeira linha e seguir aquela ordem cronológica (ou não), aquela ordem clássica do texto-bem-escrito. E os projetos da vida de verdade vão entrando no meio do caminho, então a gente aproveita os espaços aqui pra escolher pra onde vai o assunto, é tipo controlar o discurso.

Andar pelo Leblon já não é a mesma coisa, acabaram com o McDonald's (e aqueles marqueteiros acham que enganam quem, ele não mudou de endereço, ele simplesmente não existe mais) e boemia deve ter mudado de bairro. Ou foi a Lei Seca que afastou... mas os boêmios do Leblon saíam a pé...


Pois bem, temos um filme inscrito no Edital de Curtas da RioFilme e outro selecionado para a competitiva do Festival Universitário. Como é voto popular, os amigu e os amigu dus amigu estão mais que convocados! Programa aqui. Sexta e sábado, perfeitamente factível.

domingo, 13 de julho de 2008

Só porque ontem estava tentando cantarolar essa música...



Cena Inicial do Filme Manhattan, de Woody Allen. Música do Gershwin

segunda-feira, 19 de maio de 2008

conversa de botas batidas

... chegamos em casa correndo, eu dirigindo, papai travando a cada movimento mal-calculado. abrimos a porta, corredor interminável, ela ainda esboça uma reação. a gente nesse ponto já se satisfaz com qualquer coisa, mas dá pra sentir que pra frente não vem mais nada. tentamos em vão chamar por ela, mas pra quê?, ela já tá longe, do jeito que ela tinha pedido.

...

de manhã a gente acorda da pseudo- noite-de-sono, pega o carro, olhos mareados e fixos no horizonte. se olhar demais é pedir pra perder a compostura. o primeiro que chega fala:
-Meus sentimentos.

depois, outros:
- Meus pêsames.

Os mais formais:
- Minhas condolências.

Os inconvenientes:
- E agora, vai morar onde?

nessa hora, abraça forte e deixa por isso mesmo. bom mesmo é ter a sorte de contar com amigos queridos nessa hora. desses que não vão falar nada, mas vão estar ali. parafraseando joão bosco: obrigado, gente!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

meu não-post de hoje

Hoje eu não vou falar sobre a menina Isabella Nardoni, não vou dar opinião sobre Obama ou Hillary e muito menos vou comentar a história do padre que voou de balões de festa. Também não vou dizer que agora o Rio tem terremoto e ressaca na Baía da Guanabara e que é bom estarmos todos preparados para uma Tsunami em Copacabana. Não vou contar como foi meu feriado, nem meus planos para o próximo, nem vou dividir meus dilemas profissionais. Porque hoje o que eu quero é viver.

Como diz o amigo M. : Não sei se quero ver minha vida passar pela janela do explorer.

terça-feira, 15 de abril de 2008

diz que fui por aí

fui engolida pelas horas em frente aos livros sobre o oriente médio ou à beira do leito de vovó. aprendi quem foi conde bernardotte e também a dar comida na boca de um paciente aficcionado por caqui. quando tenho folga dessas funcoes, posso ser encontrada pendurada de cabeca pra baixo em panos coloridos ou, ninguém é perfeito, trabalhando.

minha diversão atual: no meio do meu livro que utiliza expressões como invectivado e diatribes na mesma página, encontrar frases como: "falar sobre imperialismo no alvorecer do séc XXI parece bizarro. o conceito saiu de moda e seu desuso só pode ser comparado à unânime negativa, vigente entre os estilistas modernos, de restaurar as polainas como componente importante do vestuário." 

terça-feira, 8 de abril de 2008

rapidinhas sobre maratona, hospital e corrida

em tempos de montanha russa emocional, não aguentei ver os três filmes programados na maratona. vi My Blueberry Nights e gostei bastante, ao contrário de alguns amigos cinéfilos presentes à sessão. a cinefilia tem disso: às vezes parece que não se pode simplesmente gostar de um filme, tem que refletir, apontar erros e acertos, filosofar sobre planos e cores. eu simplesmente gostei e não se fala mais nisso.

no domingo, tive a grande idéia de fazer uma prova de corrida (revezamento 10 x 4km) e me impressionei com a quantidade de pessoas que se dispõe a chegar às sete da manhã ao aterro do flamengo para correr. quem vive a vida na boemia nem imagina que essas pessoas existam. no máximo cruza com elas na volta pra casa.

hospital é muito estranho. cada hora dizem uma coisa, no final nem sei mais o que pensar. sei que tão cedo a oma não sai de lá e fico pensando que deve ser insuportável ficar presa 36 dias sem sair do quarto.