sábado, 22 de setembro de 2007

Deixei minha condição de P.h.D. (por hora desempregada - contribuição de srta Rafaela) para incursionar no mundo do Festival do Rio.

Obviamente, é um mundo de glamour, tapetes vermelhos, cineastas bem humorados e champagne francesa.

Abandonarei meu filho brógue por ora, volto quando houver uma nova combinação tempo + vontade!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sobre a capacidade de se ater a um assunto só

Sempre que eu leio blogs alheios fico me perguntando como as pessoas conseguem escrever sobre uma coisa. Parece simples. Mas sempre que eu ando na rua observando as coisas eu resolvo qual vai ser o assunto do dia, daíbasta eu sentar aqui pra escrever que todas as dez mil idéias que eu tive durante o dia de-sa-pa-re-cem da minha mente.

Saio de casa e penso que eu podia escrever um post inteiro sobre atrasos, ou sobre café, ou ainda sobre a íntima relação entre este e café (idéia nada original, já tem um filme sobre isso). Daí vou tentar escrever e lembro que na verdade é mais interessante descrever minhas desventuras correndo na praia com uma personal trainer, ou os encontros bizarros que insistem em acontecer na minha vida.


Na verdade qualquer um que viva inserido na lógica Zona Sul deve passar pela mesma experiência, de SEMPRE encontrar todo mundo em todos os lugares, mas eu sempre encontro as pessoas em circunstancias deveras incomuns, e sempre, SEMPRE despreparada. Nessas horas dá vontade de largar tudo e me mudar pra uma cidade onde eu seja efetivamente anônima, tipo sei lá, Roma.


Lembro que a peça da minha irmã foi o máximo, e que sempre que saio de uma peça boa fico com vontade de fazer teatro. Mas aí lembro que minha pilha de livros-a-ler não para de aumentar, e o que eu to fazendo perdendo tempo publicando aqui.

Acho que vou largar essa budega, ler um livro e depois correr na praia (sim, com a personal, que graças a Deus parece amiga minha), pra depois me aventurar na Lapa com seus encontros e desencontros surreais.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007


Eu podia ter escolhido Carmim, Gabriela ou Paixão, mas fui de Vermelho Rústico; podia ter voltado pra casa direto da reunião, mas atravessei a rua e me transportei pra Paris durante duas horas; podia ter saído do filme deprimida pensando o que eu estou fazendo no Rio de Janeiro, mas fui andar na praia e olhar a vista; podia ter tomado só um café, mas sentei com uma amiga querida e troquei idéias; podia ter desistido do francês pra sempre, mas vive la resistence; podia ter saído e me acabado mas fiquei e arrumei o quarto. São escolhas.

domingo, 2 de setembro de 2007

Diário de uma jovem hipocondríaca

Meia-noite e dor, muita dor. Aquilo já vinha se manifestando há algum tempo e eu só nos paliativos, tipo gargarejo com própolis (que eu insistia em chamar de bocejo com brócolis às sete da manhã) e uma echarpe eventual. Sei que à meia-noite de um dia que só podia ser sábado, porque doença sempre escolhe o ápice do fim de semana pra encher o saco, a garganta começou a doer como nunca. Depois de jurar pra mim mesma que nunca mais ia fumar um cigarro na vida nem ia andar na praia com ventos fortes, sucumbi e chorei.
Mamãe em BH, papai dormindo, eu nervosa. Nao aguentei, acordei o véio e disse que tínhamos que ir pro hospital imediatamente, estava sentindo minha garganta se fechando e já visualizando meus dutos entupidos de pus, aquela cena de filme de terror. Papai pega a chave, vamos pro carro, chegamos na Policlínica (anotem: lá tem emergência de otorrinolaringologia, com certeza uma das maiores palavras do dicionário). A médica de plantão, após ser acordada, examina minhas partes otorrinolaringológicas e, ao terminar, vira pra mim e diz: "É, sua garganta está vermelhinha." Como assim vermelhinha??? Eu quase morrendo e é isso que ela me fala??? Pensei, mas minha educação alemã não me permitiu dizer, que vermelhinha de #% é &*@!
Sei que hoje fiquei em casa, aluguei um DVD, convidei amigas queridissimas, descobri todas as fofocas sobre a família real inglesa e cheguei à conclusão de que eu devo precisar de um psicólogo, serei eu hipocondríaca???

sábado, 1 de setembro de 2007

Meus pais sempre falaram que era pra eu aproveitar muito a época da escola, porque os amigos invariavelmente se separam, acaba que você só revê as pessoas nos encontros de 20 anos de formados, todo mundo com cônjuge a tiracolo, prole e barriguinha de chopp.



Tenho pensado muito sobre amizade, e me sinto privilegiada de ter amigos há tanto, tanto tempo, que não tem essa de tentar ser o que não é. Estou indo pro tal encontro de ex-alunos lá da escola e deixo aqui a foto que achei ontem, da minha primeira turma da escola, aos 4 anos.